Considerando o debate do ensino remoto na UFAL e nas universidades públicas, a ADUFAL convocou assembleia virtual docente para o dia 31 de agosto (segunda-feira) das 9h as 12h. A Assembleia foi convocada após solicitação enviada por docentes à direção da Seção Sindical do Andes-SN.
O encontro tem como objetivo debater a proposta de resolução que está sendo debatida pela comunidade universitária.
Conforme já vem sendo anunciado por esse blog em vários textos, a discussão vem acontecendo de forma atropelada pela PROGRAD que tem acatado em parte, apenas quando lhe é favorável, os encaminhamentos do fórum dos coordenadores e, tem proposto um texto que desconsidera pressupostos fundamentais apontados por tal fórum.
A metodologia de trabalho proposta pelo fórum dos coordenadores é que o texto seja resultante das discussões no próprio fórum para, então, ir à análise da comunidade. Em maio a PROGRAD propôs um primeiro texto, sem abertura para divergências de mérito. O texto foi duramente criticado, inclusive pelas plenárias realizadas pela ADUFAL que publicizou um texto com propostas para a formulação da política emergencial.
Até o momento tem sido falado que a gestão diz que irá garantir as condições de acessibilidade aos estudantes, mas, oficialmente, a administração não apresentou nenhum plano que responda à questões como:
- como e quais serão essas condições dadas?
- quantos são os estudantes/servidores identificados sem as condições?
- quantos não responderam ao questionário sobre acessibilidade e o que a instituição está fazendo para identificá-los?
- o que a instituição está chamando de condições de acessibilidade etc.?
São perguntas que não foram respondidas pela administração central.
Sobre as condições de acessibilidade dos estudantes, um dos principais entraves está na ausência de coordenação da administração central de uma pesquisa mais aprofundada destas condições junto às unidades acadêmicas o que, de certa forma, precariza a qualidade dos dados obtidos pela instituição. Pelos processos desenvolvidos desde então, a inclusão integral não é uma preocupação premissa da administração central já que a proposta se coaduna com a lógica: "adere quem pode; quem não pode, fica para depois"
A respeito das condições de acessibilidade tecnológica no documento publicizado pela ADUFAL em julho, a entidade já propunha que fosse realizado um levantamento institucional considerando uma série de preocupações para assegurar inclusão integral: "acesso à internet e aos equipamentos de informática, condições para a realização de trabalho remoto nas residências, condições psico-sociais e de saúde mental da comunidade universitária, bem como adoção de metodologia de busca ativa".
Todavia, a administração optou por uma questionário genérico e que diz pouco sobre as condições de acessibilidade. A ausência dessa coordenação institucional levou as Unidades Acadêmicas e cursos realizarem os seus próprios diagnósticos de forma diversa. Para se ter a dimensão da lacuna de coordenação, há unidades/cursos que esse levantamento tem sido feito por iniciativas dos Centros Acadêmicos.
A minuta, também, é criticada por inserir os estágios curriculares, colocar sobre o docente a responsabilidade de escolha das plataformas que serão utilizadas, não resguardar a imagem do docente, exposição dos estudantes ao risco de morte pela infecção do corona com a autorização de estágios curriculares, dentre outras.
A assembleia será um importante espaço para escuta e debate do assunto.
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