O CNG encaminhou às bases dos docentes em greve das universidades federais um comunicado com análise da proposta que o governo apresentou nesta quarta-feira (15/05). Até o dia 24, as bases do Andes-SN deverão realizar assembleias que devem deliberar pela aceitação ou rejeição da proposta do governo.
Alguns apontamentos do comunicado do ANDES-SN
- Não podemos deixar de enfatizar que o governo segue inflexível na sua proposta de reajuste zero para professores e professoras, na ativa ou já gozando de aposentadoria, no ano de 2024
- No dia 13 de maio o CNG do ANDES-SN protocolou uma nova proposta para o governo, reivindicando o índice de 22,71% como horizonte de recomposição nos próximos três anos, pelo que propõe os seguintes índices de reajuste: 1) 7,06% de reajuste em 2024; 2) 9% de reajuste em janeiro de 2025; 3) 5,16% de reajuste em maio de 2026
- A ‘recomposição’ anunciada de R$347 milhões, apesar de ser uma conquista do movimento paredista, é, na realidade, uma devolução de corte realizado no ano passado, ainda insuficiente para as necessidades básicas de nossas instituições.
A ANDIFES defende, por exemplo, o valor de 2.5 bilhões, apenas para que as universidades não fechem com um déficit em 2024.
- ssencialmente, o governo mantém a proposta de reajuste zero em 2024, e propõe uma redistribuição dos índices de 9% e 3,5% para 2025 e 2026 entre classes e níveis. Com isso, proporciona maior percentual nos níveis iniciais, que contemplam, como dito, a minoria da categoria, deixando mais de 80% da categoria com reajustes substancialmente menores. É essa engenharia que permite ao governo realizar a “mágica” de apresentar publicamente valores de reajuste “atraentes”, escondendo o fato de que o montante investido no reajuste (R$6,27 milhões) é o mesmo da proposta anterior, de 19 de abril. Ressalte-se, ainda, que entre uma proposta e outra, a única mudança foi o incremento dos steps de 0,5% 2025 e para 2026, o que foi feito às custas da redução da passagem da classe Adjunto para Associado (MS) / D III para D IV (EBTT) de 25% para 22,5%, o que prejudicará parte importante da categoria. Para além disso, na tabela apresentada, há evidente intenção em inflar os índices com a soma dos percentuais dos steps e dos 9% concedidos em 2023, em caráter emergencial de recomposição de perdas anteriores e já computados em nossas propostas iniciais de 27% (em 2023) e, por último, de 22,7% (em 2024). Finalmente, para a grande maioria da categoria docente, cobriria com pouco ou nenhuma folga as perdas inflacionárias projetadas no período do governo Lula, sem contar as perdas anteriores.
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