A gestão UFAL + divulgou em 24 de setembro de 2020 o edital para seleção de monitores. O processo não seria novidade caso não fosse o uso da Política da Assistência Estudantil (PAE) para seleção de estudantes que já têm direito à bolsa de assistência. Explico:
Vocês leram o edital de monitoria da Ufal? Prestaram atenção o que a gestão Ufal + (?) está adotando como política de assistência estudantil? Seria a volta da contrapartida laboral que foi extinta na gestão outraUfal?
Alguns acharão que não tem nada de “errado” com tal política, assim como a reitoria. Mas, é fato que o debate posto se trata mesmo da concepção do que é política de assistência estudantil e do seu propósito.
A reitoria da Ufal mostra crueldade de sua política estudantil com o edital de monitoria publicado no dia 24 de setembro/2020. Estudantes que já estão contemplados nos editais nº 10/2019 e nº 01/2020 de assistência estudantil, mas não tiveram acesso à bolsa pois ficaram no cadastro reserva, terão que ir pro "mata-mata da seleção". Explico:
É como se a reitoria estivesse dizendo: “vocês têm direito ao bolsa família, mas, para ter acesso terão que passar por uma seleção meritocrática”. São 300 bolsas que por direito já são dos estudantes que estão no cadastro reserva e ainda não tiveram acesso à bolsa.
Essa política mostra, ainda, o tratamento não isonômico na política de Assistência estudantil. Enquanto uns estudantes tiveram acesso por preencherem os requisitos de vulnerabilidade social, outros terão que passar por uma seleção. Pode isso Ministério Público?
Se existem 300 bolsas da assistência estudantil porque a reitoria já não destinou tais bolsas para os estudantes que têm direito a elas? Por qual motivo 300 estudantes que estão no cadastro reserva dos editais 2019 e 2020 da Proest terão que passar por um seleção meritocrática? Já não é suficiente para esses estudantes provarem que estão em situação de vulnerabilidade social?
A reitoria precisa tornar transparentes as prioridades e os critérios nos cortes que faz em razão dos cortes nefasto governo Bolsonaro. Restituir as 300 bolsas da monitoria do orçamento da universidade que foi cortado pela reitoria e garantir as 300 bolsas da assistência estudantil “sem punição” a quem já tem direito.
Como foi dito em outra rede social "A reitoria tá fingindo atendimento aos vulneráveis, mas na prática tá excluindo".
A política de assistência estudantil é uma política de permanência do estudante; que deve vir acompanhada de acompanhamento pedagógico do estudante e de outras ações que garantam aos estudantes o ingresso, a permanência e o egresso com sucesso!
Em 2019 a Ufal foi considerada uma das universidades que teve o menor índice de evasão, apesar das dificuldades orçamentárias que a Ufal já passava com os cortes, resultado da política de permanência da gestão da primeira assistente social reitora, Profª Valéria Correia.
A atual reitoria da UFAL precisa fortalecer a política de assistência estudantil, avançando e não retroagindo na sua concepção e execução.
Com retrocesso na concepção e execução da PAE a UFAL + está sendo UFAL -
Assistência estudantil como dever e direito!
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